quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Presidente Lula se reúne com a CUFA e outros movimentos sociais no Palácio do Planalto

Presidente Lula na sede da CUFA RJ em 2006


Outras 500 lideranças de entidades dos mais diversos seguimentos participarão do encontro

Por Fernanda Quevêdo

Foto: Arquivo Cia de Teatro Tumulto

Pela primeira vez na história desse país um representante do Estado marca um encontro para se despedir diversas lideranças sociais. O fato é que amanhã, às 15 horas no Palácio do Planalto, o Presidente em exercício Luis Inácio Lula da Silva se reúne com a CUFA (Central Única das Favelas) e outros movimentos sociais no “Encontro com os Movimentos Sociais” organizado pela Secretária Geral da Presidência da República, responsável por coordenar as relações do governo com a sociedade civil.

Para o Secretário Geral da CUFA, Celso Athayde (RJ), o encontro simboliza o reconhecimento do Estado, por meio das políticas sociais destinada a cidadãos de invisibilidade que estão em espaço em desvantagem social só seriam consolidadas se estas participassem do processo de construção das políticas.

Participam do encontro os coordenadores da CUFA em outros estados como Preto Zezé (CE), Linha Dura (MT), Max Maciel (DF), Dinorá Rodrigues (RS), Maria Conceição (BA), Fabio Negão (PE) e Nélio Nogueira (TO). Participam também mais outras 500 lideranças de entidades que dialogam com o Estado nas mais diversas perspectivas como entidades sindicais, do campo, das mulheres, dos negros, de juventude, de economia solidária e de reforma urbana.

Para a Secretaria Geral da Presidência da República o encontro simboliza o diálogo responsável e qualificado com entidades que assim como a CUFA, que estão mudando a vida de milhões de brasileiros efetivando a democracia participativa, prevista na Constituição Federal de 1988.



domingo, 12 de dezembro de 2010

A CUFA é homenageada por pessoas importantes do nosso país



A CUFA - Central Única das Favelas é homenageada por pessoas mais do que importantes em nosso país, pessoas como:

Orlando Silva (Ministro do Esporte)

Ronaldo (Jogador de futebol - FENÔMENO)

Dilma Rousseff (Presidenta da República Eleita)

Luis Inácio Lula da Silva (Presidente da República)

Sergio Cabral (Governador do Estado do Rio de Janeiro).

Essas pessoas reconhecem o trabalho desenvolvido pela CUFA e o benefício para os jovens das comunidades do Brasil e do mundo por onde a CUFA atua.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

CUFA recebe Prêmio Darcy Ribeiro 2010


fonte: site Carlos Abicalil

A Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados aprovou, na manhã desta quarta-feira (01.12), os três premiados da 11ª Edição 2010 do Prêmio Darcy Ribeiro de Educação. Entre os 31 candidatos ao prêmio, pessoas físicas e jurídicas, três foram eleitos este ano, sendo um deles a Central Única das Favelas (CUFA), indicado ao prêmio pelo deputado federal Carlos Abicalil (PT).

Membro da Comissão de Educação, Abicalil também indicou a CUFA para concorrer à premiação no ano de 2008. Para ele, a Central Única das Favelas é uma das principais ferramentas de fomento cultural e inclusão social, cujo trabalho merece especial destaque na defesa e na promoção da educação no Brasil.

Além da Central Única das Favelas, a 11ª edição premiou a Associação Nacional dos Centros Universitários (Anaceu) e o Centro Educacional Montessoriano Reino Infantil. A homenagem vai ocorrer no próximo dia 08 de dezembro.

CUFA – A Central Única das Favelas é uma organização nacional que surgiu através de reuniões de jovens de várias favelas do Rio de Janeiro que buscavam espaço na cidade para expressar suas atitudes, questionamentos ou simplesmente sua vontade de viver.
Atuante em todos os estados brasileiros, a CUFA funciona como um pólo de produção cultural e através de parcerias, apoios e patrocínios forma e informa jovens de comunidades, oferecendo perspectivas de inclusão social. Entre as atividades promovidas pela central destacam-se as áreas da educação, lazer, esportes, cultura e cidadania.

A CUFA BRASIL PELA PAZ


O Brasil, ao longo da sua história política registra conflitos, revoltas e guerras envolvendo opressores e oprimidos. Sujeitos em condição de desigualdade, que articulados e imbuídos do sentimento de mudança se manifestaram para romper com o que estava posto, a exemplo, ocorrências como a guerra de Canudos, as revoltas da vacina e da chibata, as inconfidências Mineira e Baiana e o processo de resistência quilombola dentre tantos outros movimentos de libertação. Enfim, a guerra como representação bélica resultante das relações de poder e da busca de grupos distintos pelo controle dos espaços/territórios e das suas vidas.

Refletir sobra à história é um exercício de busca do entendimento do presente, assim, na contemporaneidade é possível perceber que os contextos são reflexos dos equívocos e da negação de acessos de grupos, socialmente vistos como minoritários, aos direitos básicos e conseqüentemente ao exercício pleno da cidadania. Portanto, a onda de violência que vivenciamos cotidianamente, não necessariamente, deve ser explicada, mas precisa ser entendida como um desdobramento histórico das desigualdades e ausências, geradores de um sub-extrato social, que germinou diferentes desdobramentos da violência. Por mais duro que pareça, temos de admitir que estamos diante de uma guerra, uma onda de violência que ganhou músculos e implanta pânico a população do Estado do Rio de Janeiro e a todo o povo brasileiro, uma situação atípica, uma guerra tripartite, envolvendo o braço do Estado, o crime organizado e a sociedade civil.

De um lado o Estado imprimindo a força do poder legalizado, tentando fazer jus ao seu propósito mor de garantir a segurança. Na banda B o crime organizado mostrando seu poder de articulação ditando os acontecimentos para além dos muros e grades dos presídios e comandando seus soldados, que em sua maioria não devem saber por que dizem sim. Já no centro do conflito a população dividida entre os desiguais, maioria em situação de vulnerabilidade e os mais abastados, que contraditoriamente também são alvo do processo de democratização da violência.

Diante do exposto é que a Central Única das Favelas no Brasil traz esse manifesto como um desabafo ao que está ocorrendo no Rio de Janeiro, que para nós não é novidade! Pois nos livros Cabeça de Porco (2005), Falcão Meninos e o Trafico (2006), e no relato de soldado do morro, trouxemos um alerta, onde prevíamos o desencadeamento do caos social que está posto agora. O que diferencia nesse momento, é que não há mais meio termo, a situação é dicotômica considerando aspectos como o bem X mal, policia X bandido, pânico X paz. A aparente simplificação não corresponde à profundidade dos fatos, nem explica a origem dos problemas que propiciam o desencadeamento da situação gritante que estamos presenciando, a exemplo da corrupção e da impunidade. Não estamos analisando a questão como especialistas, e nem é essa a pretensão, mas nossa trajetória fala por si, somos parte disso, morremos com isso, vivemos tentando superar essa violência. Temos filhos, amigos e parentes que já se foram e alguns que ainda estão sendo devorados por essa maquina de guerra que se retroalimenta de sangue, ódio e perdas, e ao mesmo tempo também nos devoram, num verdadeiro ritual de cadeia alimentar do caos.

A CUFA espera que depois de toda essa mobilização e comoção nacional, pela punição e aniquilamento dos bandidos, sejam fomentadas políticas públicas para esses mesmos territórios, que não se limitem tão somente a efetivo, munição e viatura. Nossa posição é pela paz, mas acreditamos que ela nunca vai existir sem justiça social, sem igualdade e sem a democratização de acessos e oportunidades, temos que fazer um caminho inverso ao apartheid social.

Chegou a hora de umas das maiores economias do mundo pensar uma inclusão sustentável, não uma inclusão perversa, que relega a invisibilidade grande parcela da população e seus territórios, pois hoje a mesma sociedade e governo que querem “arrumar” o Rio de Janeiro, durante anos ignoraram o que as organizações do movimento social vinham alertando, como é o caso da CUFA, através das nossas letras, livros, documentários e ações, que por muitas vezes fomos acusados e processados por apologia ao crime, por tentar alertar a sociedade e o poder público que o sangue e os fuzis bateriam nas portas dos bem nascidos e nos gabinetes do poder. Mesmo assim, não recuamos como não recuaremos agora, trilhando sempre os rumos da paz acompanhada por justiça. Para tanto nos comprometemos a contribuir com a sociedade brasileira disponibilizando nosso potencial de articulação e abrangência nacional, através do nosso constante exercício de atuação para transformação social. É fato que o sentimento de impotência é predominante, mas não podemos calar, pois mesmo mortos o poder da palavra prevalece. E é justamente o ecoar do grito que motiva a Central Única das Favelas, nos 27 Estados em que atuamos para ressignificar o sentido de solidariedade empoderando indivíduos e contribuindo processualmente para que sejam sujeitos, novos atores sociais, multiplicadores de oportunidades e referencias de superação, fazendo do nosso jeito.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Dia da Consciência Negra ...20 de Novembro


“O Dia da Consciência Negra é uma data para a reflexão de todos nós brasileiros. Durante a escravidão, os negros sofreram inúmeras injustiças. E às custas do seu sofrimento nas senzalas, nos campos e nas cidades, foi erguido tudo o que havia no Brasil daquela época. Os negros resistiram de diversas formas de sofrimento, nas muitas revoltas, fugas e com a formação de quilombos em várias partes do país. Assim surgiu o Quilombo dos Palmares e o seu sonho de liberdade, que teve como principal líder Zumbi”,