Grupo usa arte para promover inclusão
Em Laguna há dez anos, Cufa atua em áreas pobres da cidade
Willian Reis
Laguna
Laguna
Em um país como o nosso, que ainda não conseguiu resolver seus problemas de desigualdade econômica, a cultura pode ser uma porta aberta para a inclusão social. Foi assim que há quase dez anos nasceu em Laguna uma base da Central Única das Favelas (Cufa), para, por meio das expressões artísticas, dar voz às comunidades mais pobres da cidade.
Sua melhor forma de expressão é o Hip Hop, mas o grupo atua em outros campos, como a educação e os esportes. Sem sede própria por falta de recursos financeiros para custear o aluguel e dispondo do apoio de dez voluntários, a Cufa se dedica a vários projetos, nos mais diversos locais. “Já desenvolvemos em praça pública, na rua, em escolas, presídios, Centro de Referência de Assistência Social, centro comunitário, entre outros”, comenta Vinícius Billy.
Por trás disso tudo, está o intuito de valorizar as comunidades e os seus moradores. Billy conta que a Cufa funciona como uma central de oportunidades e um polo de produção cultural.
O alvo principal da Cufa, tanto em Laguna quanto em qualquer outra parte do país, são os jovens moradores de áreas em desvantagens econômicas e sociais. Em quase uma década de atuação, o grupo fez parte de alguns conselhos voltados para a defesa dos direitos da juventude e segue em busca de parceiras com o poder público e a iniciativa privada para tocar seus projetos. Mas ainda assim a ajuda não chega na forma como o grupo precisaria. “O apoio está muito longe do ideal, e não me refiro apenas a apoio financeiro”, reclama Billy.
Mesmo situada em Laguna, a base local da Cufa já ampliou seus limites e desenvolveu ações em outros municípios vizinhos, como Tubarão, Imbituba, Garopaba, Imaruí, Pescaria Brava, Capivari de Baixo e Jaguaruna. A ideia do grupo é seguir na busca por parcerias para dar continuidade a ações e projetos, e se possível expandi-los ao maior número possível de jovens e favelas.
Cufa teve início há 20 anos, no Rio de Janeiro
Em Laguna, a Cufa surgiu após convite da coordenação estadual, que queria expandi-la para além da Grande Florianópolis. Espalhada em todos os estados do Brasil e em mais de 16 países, a Cufa nasceu no Rio de Janeiro, em 1997, a partir da reunião de jovens moradores de favelas, muitos deles ligados ao movimento do Hip Hop.
Em Laguna, a Cufa surgiu após convite da coordenação estadual, que queria expandi-la para além da Grande Florianópolis. Espalhada em todos os estados do Brasil e em mais de 16 países, a Cufa nasceu no Rio de Janeiro, em 1997, a partir da reunião de jovens moradores de favelas, muitos deles ligados ao movimento do Hip Hop.
Algumas ações feitas pela Cufa
• Trilhando Cores: humanização e revitalização de espaços públicos por meio da arte do grafite, um dos elementos do Hip Hop.
• O Cinema na Tela da Favela: amostra audiovisual seguida de debate.
•Imagem Através das Lentes: oficinas audiovisuais sobre direção, roteiro, edição etc.
•Mundo da Noia: documentário produzido em Laguna sobre o consumo de crack na cidade, com depoimentos, entre outros, de dependentes químicos e mães que tiveram filhos assassinados por causa da droga.
•Crack Tire Essa Pedra do Caminho: ação para enfrentar o consumo da droga.
• Trilhando Cores: humanização e revitalização de espaços públicos por meio da arte do grafite, um dos elementos do Hip Hop.
• O Cinema na Tela da Favela: amostra audiovisual seguida de debate.
•Imagem Através das Lentes: oficinas audiovisuais sobre direção, roteiro, edição etc.
•Mundo da Noia: documentário produzido em Laguna sobre o consumo de crack na cidade, com depoimentos, entre outros, de dependentes químicos e mães que tiveram filhos assassinados por causa da droga.
•Crack Tire Essa Pedra do Caminho: ação para enfrentar o consumo da droga.